O pequeno José Carlos de apenas oito anos de idade entrou em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chamou o menino para uma conversa. O menino o acompanhou desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, José Carlos falou irritado: - Pai, eu estou com muita raiva. O Carlos não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escutou calmamente o filho que continuava a reclamar: - ele me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. O pai escutou tudo calado enquanto caminhava até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: - Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho e que cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma brincadeira divertida e colocou mãos na obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe se aproximou e perguntou-lhe: - Filho como está se sentindo agora? - Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olhou para o menino, que estava sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe falou: - Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanhou o pai até o quarto e ficou de pé em frente a um grande espelho onde podia avistar seu corpo todo. Que susto! José Carlos só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então lhe disse carinhosamente: - Filho, você viu que a camisa que estava no varal quase não se sujou, mas olhe só para você... Esse é um exemplo do que acontece com o mal que desejamos aos outros. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos. Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras; Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações; Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos; Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter; Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.
Assim como o exemplo do José Carlos, nós também deveríamos rever nossos pensamentos, nossas atitudes e nossos desejos com relação aos outros. Quando desejamos coisas boas, prosperidade, saúde, paz e harmonia para o próximo, tudo isso se volta para nós. Ao contrário, quando desejamos coisas ruins, guardamos mágoas e queremos vingança, nossa cabeça ficará tão ocupada com o que fazer para prejudicar o outro que conseqüentemente nos esqueceremos de nós mesmos, deixando passar boas oportunidades de crescimento e prosperidade. Pense nisto.
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
O que cava uma cova cairá nela; e o que revolve a pedra, esta voltará sobre ele.
Deus os abençoe! facebook.com/sandrosabs
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